
Um flash apenas
Um flash que de tão frio
Congelou-me nesse pingo de tempo
Rodeado por pessoas que amo
E que por certo também me amam.
Amam-me sim!
Pois só não ama quem muito pensa
E quem de entre nós, perpétuos neste papel rústico
Tem a mínima consciência?
Pois é... O amor é a perícia da inocência.
E é lindo!
A eternidade da felicidade guardada num instante
Estes rostos fransinos
Radiado na euforia de um silêncio uivante.
O amor prende-me onde não existo
Nos braços incorpóreos de um vago infinito
Loucura isso.
E se abro os olhos…
Reflito um olhar que nunca se fecha
Mas que na verdade nada vê por ser esse nada que deseja
E se abro o coração...
Sinto meus pês pisando esse chão
Onde sonho com uma realidade que não se vê
Porque os sonhos não passam de visões que a cegueira fareja.
Quem me dera estar onde não estou
Neste fascinante viver sem vida
Único lugar pleno amor
Onde a dor é destemida.
Mas se em sua realidade me tem, essa fotografia
Também em minha leva-lá-ei até onde não posso
Porque, embora não cure a tristeza, dá alegria...
Saber que muito sobre mim
Pode ser carregado num bolso.
Tribo Urbana
[04-10-2016]
In: Auras e Farejos
Sem comentários:
Enviar um comentário